[Resenha] Exercita-te na piedade - I/III
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(...) Exercita-te na piedade trata do revestimento do novo homem - o crescimento do caráter cristão. A mais conhecida relação de traços do caráter cristão é a que encontramos em (Gálatas 5.22-23) com nove características, às quais Paulo chama de Fruto do Espírito Santo. Piedade é mais do que caráter cristão. Ela abrange a totalidade da vida cristã e proporciona o fundamento sobre o qual o caráter cristão é edificado.
I - Humildade, Contentamento, Gratidão e Alegria - tratam do nosso relacionamento com Deus.
II - Santidade, Domínio Próprio e Fidelidade - são qualidades que exigem que sejamos severos no trato com nós mesmos.
III - Paz, Paciência, Benignidade, Bondade e amor - nos capacitam ao relacionamento com o próximo.
Pra tudo é proveitosa (1 Timóteo 4.8)
A Bíblia toda é um livro sobre a piedade. Piedoso e piedade aparecem poucas vezes Novo Testamento. Estas palavras quando aparecem são carregadas de significado e instrução. Deus deu a cada um de nós “Tudo o que necessitamos para a vida e para a piedade” - 2 Pedro 1.3. A Bíblia apresenta pistas acerca da piedade (Gênesis 5.21-24 - Fala Enoque, pai de Matusalém). Enoque andou com Deus, regozijou-se de um relacionamento e agradou Deus.
Devoção não é uma atividade, é uma atitude para com Deus, e esta constitui três elementos: O temor, o amor, o desejo de Deus.
William Low “Devoção significa uma vida dada ou devotada à Deus; Portanto, devoto (piedoso) é o homem que não vive para sua própria vontade, mas a exclusiva vontade de Deus.
Deus encontra-se no centro de seus pensamentos. A vida piedosa não é cansativa, pois a pessoa piedosa, é antes de tudo, devota à Deus. E esta devoção é a única motivação que leva o comportamento do crente a tornar-se agradável a Deus. Portanto, a definição de piedade é devoção a Deus que resulta numa vida agradável a Ele. Jamais devemos perder de vista que a devoção a Deus é o manancial do caráter cristão e o único fundamento sobre o qual ele pode ser edificado com êxito.
Devoção à Deus (Apocalipse 15.4)
Enoque andou e agradou a Deus. É impossível edificar um padrão de um comportamento cristão sem o alicerce da devoção de Deus. O conceito que temos de Deus e o relacionamento com Deus determinam nossa conduta. Entendemos a devoção como um triângulo, o temor é a base enquanto o desejo é o ápice. O exemplo do Senhor Jesus (Isaías 11.3). Jesus em sua humanidade deleitava-se no temor de Deus, precisamos dar mais atenção ao cultivo desta atitude em nossa vida. A Bíblia usa a expressão “Temor a Deus” de duas formas: Medo ansioso e veneração, reverência, respeito. O temor como medo ansioso resulta em reconhecimento do juízo de Deus sobre o pecado. Quando Adão pecou se escondeu de Deus.
Para o filho de Deus, o significado principal do temor de Deus é a veneração, honra, reverência e respeito. É a atitude que suscita de nosso coração adoração e amor, reverência e honra. Ela não se concentra na ira de Deus, mas na sua majestade, santidade e glória.
É impossível ser devoto a Deus e o coração não estiver cheio de temor a Deus. O cristão reverente vê a Deus, primeiro em Sua glória antes de vê-lo em seu amor, misericórdia e graça. Sem essa tensão, a confiança filial do cristão pode facilmente degenera-se em presunção.
Há um abismo de valor e dignidade entre Deus, O Criador e o homem, a criatura. Não é um rebaixamento do homem, mas exaltação à Deus. Temer a Deus é confessar Sua absoluta unicidade, glória e poder. Um conceito certo de temor de Deus não só nos levará a adorá-Lo como convém, mas também regulará nossa conduta.
John Murray “O que ou quem adoramos determina o nosso comportamento”.
O Reverendo N. Martin disse que os ingredientes essenciais do temor a Deus são:
Conceitos corretos do caráter Divino.
Um senso penetrante de Sua presença.
Consciência constante de nossa obrigação para com Ele.
A obediência ao Senhor revela o amor a Ele assim também é a prova que O tememos. A pessoa verdadeiramente piedosa nunca esquece que foi objeto da santa e justa ira de Deus. Que Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, e sente juntamente com Paulo que ela própria é o pior dos pecadores. E quando olha para a cruz vê que Jesus foi sua propiciação, Ele quem carregou seus pecados em Seu corpo e que a ira de Deus foi consumada completa e totalmente sobre o santo filho de Deus. O pecador percebe o amor Divino!
“Deus me ama, Cristo morreu por mim” - a consciência que temos do amor de Deus por nós deve crescer constantemente. A medida que amadurecemos na caminhada da vida cristã, não perdemos tempo justificando, comparando com outros cristãos (menos maduros) mas nos comparamos com padrão Divino e nos vemos como o “principal dos pecadores”. Se o amor de Deus por nós deve ser um alicerce sólido da devoção, precisamos reconhecer que esse amor é inteiramente de graça que repousa de maneira completa sobre a obra de Jesus Cristo flui. A pessoa que passa tempo com Deus irradia a glória Divina de uma pessoa calorosa e convidativa, nunca fria e distante.
Exercita-te na piedade - 1 Timóteo 4.7
Há diversos princípios para o exercício da piedade aplicáveis a nós.
O primeiro é a responsabilidade, Paulo disse: “Exercita-te pessoalmente”, ou seja, buscá-la. Nós podemos ser disciplinados com nossos estudos, lar mas tendemos a ser preguiçosos quando se trata de exercitar a vida espiritual. Preferimos orar “Senhor faz-me piedoso” e esperar que Ele de forma misteriosa “derrame piedade em nossa alma”. Deus opera, mas primeiro temos que cumprir nossa responsabilidade.
O segundo, é o crescimento na vida espiritual. Paulo incentivou Timóteo a progredir em seu ministério; Timóteo necessitava crescer nas áreas essenciais da piedade: Temor de Deus, compreensão do amor Divino e o desejo da Sua presença e comunhão.
O terceiro é a importância de um mínimo de características necessárias ao exercício da piedade, bem provável que Paulo ao comparar treinamento físico com treinamento da piedade.
Compromisso: Sem ele ninguém jamais se tornará piedoso. O conceito deste ocorre repetidamente na Bíblia toda (Salmos 63.1). A piedade tem um preço, jamais entra em liquidação. Ela nunca vem de maneira barata ou fácil. Exercitar denota esforço perseverante, esmero, diligência.
Aprendendo com um mestre: Não podemos exercitar-nos na piedade sem ensino e treinamento do Espírito Santo. Ou seja, expor-nos regularmente ao ensino da Palavra. Que nos eleva ao padrão espiritual de excelência a medida que nos ensina , censura, corrige, treina por meio da Palavra.
Não podemos crescer na piedade sem o conhecimento desta verdade, que só pode ser encontrada na Bíblia. Conhecimento não apenas de fatos bíblicos mas de conceito espirituais que o Espírito Santo ensina à medida que aplica a verdade aos nossos corações.
Exercício ou prática: É ela que põe em prática o compromisso em ação. E esta prática da piedade que nos capacita a sermos cristãos piedosos. Não há atalhos para a piedade.
Usando a Palavra de Deus: O tempo que empregamos no estudo da Palavra, o modo como gastamos esse tempo varia. Os navegadores usam cinco dedos da mão: ouvir, ler, estudar, memorizar, estudar.
Ouvir - Paulo foi chamado para ensinar com o expresso propósito de promover a fé e a piedade entre os eleitos de Deus. Devemos dar ouvidos A Palavra com toda a avidez e intenção de obedecer.
Ler - Temos a oportunidade de aprender diretamente do Grande Mestre, o Espírito Santo. É incomparável. A leitura nos capacita a gozar da comunhão com Deus (instruindo e nos revelando A Sua vontade); Sem leitura nos tornamos ignorantes e empobrecidos espiritualmente.
Estudar - A leitura nos dá amplitude, estudar nos dá profundidade. O estudo requer maior diligência e intensidade mental. Esclarece nossos pensamentos, fortalece o conhecimento da verdade e nos ajuda a crescer na piedade.
Memorização - A Palavra de Deus no coração faz mais do que proteger-nos do pecado. Ela possibilita crescimento em todas as áreas da vida cristã.
Meditação - Ela abre o entendimento. Andar com Deus implica ter comunhão com Ele. O exercício da piedade exige compromisso e prática da nossa parte, e o ensino do Espírito Santo mediante Sua Palavra.
Buscando uma devoção mais profunda (Salmos 119.10)
A Bíblia define os incrédulos como totalmente ímpios. No instante de nossa salvação Deus, mediante o Espírito Santo elimina o espírito ímpio que temos dentro de nós. Ele nos dá um novo coração e nos leva a obedecer. Tudo isto está incluído nas bençãos do novo nascimento. A obra do Espírito Santo assegura-nos que Deus, no ato de regeneração concedeu-nos tudo o que necessitamos para a vida e a piedade. Crescer em piedade é crescer em devoção à Deus e em semelhança ao seu caráter. Se estivermos comprometidos com a prática da piedade, nossa vida de oração o refletirá. Deus utiliza de Sua Palavra para criar em nosso coração o senso de reverência e temor a Ele. É inútil orar pedindo aumento de temor de Deus em nossos corações sem meditar em textos bíblicos particularmente apropriados para incentivar esse temor (Salmos 103; Romanos 5.6-11). Não basta memorizar, o Espírito Santo deve vivificar Sua Palavra em nosso coração. Outra parte essencial da prática da devoção de Deus é a adoração. Refletir os atributos de Deus. Então dou a glória e a honra devida a Ele (Salmos 95.6).
Uma das maravilhas a respeito de Deus é que Ele é infinito por isso O ansiamos. Quanto mais conhecemos tanto mais O desejamos, mais queremos sentir A Sua presença. A prática da piedade é ao mesmo tempo a prática da devoção e a prática de uma vida agradável a Deus, que reflete a outra pessoas o caráter Divino - (Salmos 16.11).
Revestindo-nos do caráter de Deus (Colossenses 3.12)
A piedade constitui de dois traços distintos, o primeiro é a centralidade de Deus - Devoção. O segundo é a semelhança de Deus - caráter cristão. O caráter piedoso flui da devoção a Deus. Qualquer que seja nossa motivação, se estiver centrada em Deus, resultará de nossa devoção a Ele e lhe é aceitável.
Devoção a Deus é o único motivo aceitável para ações agradáveis a Ele (Gênesis 39.9) - Quando a mulher de Potifar tentou seduzir José, ele não recusou sob alegação de que “se fizer meu senhor cortará a cabeça”. Não! O que ele disse reflete claramente o seu temor a Deus “Como poderei eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus”. O Espírito Santo nos ajuda a reconhecer a centralidade do eu e da motivação inicial e a concentrar corretamente minha motivação em Deus! (Gênesis 22.12) Abraão e seu filho Isaque - O temor de Deus, da parte de Abraão, foi o que motivou a levar avante aquele supremo ato de obediência. Pela fé Abraão foi capacitado a oferecer Isaque como sacrifício, mas foi o temor a Deus que o Senhor viu, aceitou e elogiou. O medo das consequências nos impede de cometer atos exteriores (assassinato, adultério), mas só o amor nos impede de cometê-los no coração.
A fonte de poder: “Quando faço algo errado, tenho que levar a culpa, mas quando faço algo certo, Deus recebe o crédito” - Não podemos culpar a Deus por nossos pecados, mas só Ele pode prover a força espiritual que nos capacita a levar vidas piedosas. A fonte de poder da piedade é Cristo! E o meio de experimentar esse poder é o relacionamento com ele.
Responsabilidade e dependência - Temos que aprender que a Bíblia ensina a responsabilidade total bem como a dependência total em todos os aspectos da vida cristã.
Despojar e revestir - Certamente devemos, com o auxílio do Espírito Santo destruir os atos maus do corpo. Devemos com a capacitação do Espírito Santo nos revestir de compaixão, bondade, humildade, benignidade e paciência.
Crescimento equilibrado - O fruto do Espírito Santo não é uma questão de temperamento. É o resultado do cristão que busca crescer sob a direção e com o auxílio do Espírito Santo em todas as áreas. Deus tem um jeito especial de colocar-nos em situações que exercitem as áreas do caráter nas quais nos julgamos fortes a fim de que o fruto seja do Espírito Santo e não nosso!
Crescimento é progressivo - Mesmo em áreas em que temos crescido, sempre há necessidade de mais crescimento, que por sua vez só terminará quando formos estar com Cristo. O crescimento não é progressivo e interminável, mas necessário a sobrevivência espiritual; Se não estamos crescendo, estamos regredindo na vida espiritual nunca estacionamos. Tanto as ações como caráter resultam da obra do Espírito Santo, mas ele trabalha quando trabalhamos e podemos trabalhar porque Ele opera em nós. Tornamo-nos naquilo que fazemos. O que somos, isso fazemos! A conduta produz caráter!
Humildade (Lucas 18.14)
Não há dúvida de que Deus recomenda a humildade e deleita-se quando seu povo a manifesta. Jesus exemplificou a humildade em toda a sua vida. Ele nasceu na humilde das circunstâncias. Foi obediente aos seus pais terrenos; Chamou as pessoas a aprenderem dele “manso e humilde”. A humildade é a atitude apropriada com o qual consideramos todas essas relações e circunstâncias. Com o amor, ela não comporta uma definição adequada, só podemos descrevê-la e compreendê-la quando aplicada ao viver diário. Na Bíblia toda vez que o homem teve o privilégio de ver a Deus em Sua glória, Ele se humilhou na presença Divina. Não podemos começar experimentar a humildade em nenhum outro relacionamento enquanto não tivermos uma intensa e profunda humildade em nossa atitude para com Deus. Quando examinamos as Escrituras, não devemos tratar a Bíblia apenas como uma fonte de conhecimento acerca de Deus, mas também como uma expressão de sua vontade para nossa vida. A Bíblia foi dada não apenas para aumentar nosso conhecimento, mas também para guiar nossa conduta. A humildade com relação a nós mesmos, consiste, pois, em atribuir a Deus que nos dá a graça, tudo o que temos e tudo o que realizamos. O crente que é fruto do Espírito; O Espírito não nos faz humildes, Ele capacita-nos a humilhar-nos em situações difíceis. A graça Divina é suficiente para todas as nossas necessidades, sejam quais forem.
Contentamento (1 Timóteo 6.6)
Contentamento é um dos traços mais distintos da pessoa piedosa porque tal pessoa tem coração concentrado em Deus e não nas posses, posição ou poder.
William Hendriksen “A pessoa verdadeiramente piedosa não está interessada em enriquecer-se. Ela possui recursos interiores que fornecem riquezas muito além daquilo que a terra pode oferecer”.
Contente ou contentamento significa suficiência. Em 1 Timóteo 6.6 é traduzida por “tudo o que é necessário” ou “ampla suficiência”. Quando Deus disse a Paulo (2 Coríntios 12.9) Minha graça é suficiente (...) empregou a mesma palavra traduzida como “estar contente”. A pessoa contente goza da suficiência da provisão de Deus para suas necessidades e da suficiência da graça de Deus para suas circunstâncias. Ela crê que Deus, em verdade, satisfará todas as suas necessidades materiais e que em todas as circunstâncias Deus operará para o seu bem! Na Bíblia a ideia de contentamento, na maioria está associada com posses ou dinheiro; Mas há outras áreas da vida nas quais necessitamos estar contentes. A providência de Deus em circunstâncias tão variadas como limitações e aflições físicas, privações, provações, perseguições. Essas circunstâncias muitas vezes levam ao homem natural a murmurar, questionar a bondade de Deus. A primeira tentação na história da humanidade foi o descontentamento. Deus havia provido para Adão e Eva muito além do que necessitavam. Deus reteve de Adão e Eva somente uma árvore para provar-lhes obediência. E Satanás usou esta árvore para tentar Eva, lançou dúvida em seu coração acerca da bondade de Deus, semeando assim sementes de descontentamento. O descontentamento é exatamente isso - Duvidar da bondade de Deus!
Devemos levar a sério a necessidade de buscar com afinco o contentamento com traço dominante do caráter. Não se trata de um luxo espiritual. Contentar-nos com o que temos é absolutamente vital para a saúde espiritual! Como podemos buscar uma atitude de contentamento com o que temos? Comece renovando a sua mente mediante a memorização e meditação de uma ou duas passagens das Escrituras que julguemos especialmente proveitosas nesta área (Lucas 12.15, 1 Timóteo 6.6-8, Hebreus 13.5). Devemos pedir a Deus que nos traga à mente quaisquer áreas específicas da vida nas quais estamos descontentes com o que temos. Somente o Espírito Santo pode operar uma duradoura e fundamental mudança de atitude em nosso coração, por isso façamos do contentamento um assunto de oração regular e fervoroso.
Não cabe a nós decidir o que desejamos ser ou fazer, mas descobrir na base de nossas aptidões e dons, o que Deus deseja que sejamos e façamos. O contentamento não está em sermos os primeiros, mas em sermos fiéis ao cumprimento da função que Deus nos designou no corpo de Cristo. Paulo disse (Romanos 12.6). Contentamento é incompatível a ambição.
Todo crente deve buscar a excelência da habilidade e do serviço, seja qual for o chamado. Devo fazer, porém, não pela ambição pessoal, mas para agradar a Cristo e glorificá-lo. Todavia, o serviço fiel não é garantia de melhor posição. Deus é Soberano sobre nossa posição na sociedade. Ele nos coloca e mantém onde deseja que estejamos. Para sentirmos o contentamento devemos aceitar que a graça de Deus é suficiente, não apenas assentimento teológico e uma verdade, mas uma fé autêntica na graça Divina em face de circunstâncias penosas.
Gratidão (Salmos 100.4-5)
Gratidão a Deus é reconhecimento de que ele, em sua bondade e fidelidade, proveu para nós e cuidou de nós, tanto física como espiritualmente. E o reconhecimento de que dependemos totalmente dEle - que tudo quanto somos e temos vem de Deus. Deixar de ser grato a Deus é um pecado muitíssimo grave. Paulo no 1º capítulo de Romanos relata a trágica queda moral da raça humana em seu orgulho deixou de dar a Deus a glória e as ações de graça a Ele devida, Deus a entregou a imoralidade e a maldade sempre crescentes. Então convém que cultivemos um espírito de gratidão que permeie toda a vida. (Lucas 17.11-19 - A cura dos dez leprosos, destes apenas um deu graças. Estamos ansiosos por receber, mas descuidados demais para agradecer. Isto é tendência natural da humanidade.
Os salmos contém cerca de trinta e cinco referências a dar graças à Deus. No todo há cerca de cento e quarenta referências bíblicas sobre dar graças à Deus. A bondade de Deus para todas as suas criaturas é infinita (Salmos 145.9). O alicerce de uma atitude agradecida é uma vida vivida em comunhão com Cristo. Ele nos dá um espírito agradecido, e isto Ele faz mediante nossa comunhão com Cristo. Aproveite a oportunidade e faça uma lista de ações de graça, orações respondidas. Agradeça a Deus!
Alegria (Romanos 14.17)
Paulo diz com muita clareza que o Reino de Deus não é uma questão somente de justiça e paz, mas também de alegria. No versículo 18, sem alegria minha vida não era realmente realmente agradável a Deus. A verdadeira alegria cristã é privilégio e dever (João 10.10). Mas não devemos ficar à espera de que as circunstâncias nos façam alegres (1 Tessalonicenses 5.16). É intenção de Deus que todos os Seus filhos exibam o fruto da alegria. Não basta ser alegre, devemos crescer continuamente em alegria. Um dos obstáculos mais comuns à alegria, é o pecado ou atitudes pecaminosas. Se não sentimos alegria, convém examinar nosso coração e nossa vida. Estamos fazendo ou fizemos algo desagradável a Deus que temos que confessar e abandonar. Todo pecado, seja por atitude ou ação, deve ser eliminado se quisermos exibir a virtude da alegria (Filipenses 3.1).
Paulo disse na carta aos Romanos 15.13, é mediante o Espírito Santo que gozamos a alegria da salvação e recebemos o poder de regozijar-nos mesmo no meio de provações (Hebreus 12.6; Salmos 50.15 - Essas são palavras que o Espírito Santo usa para promover a alegria em nosso coração. Contudo para usarmos as Escrituras é preciso que elas estejam em nosso coração mediante a leitura regular, meditação é nossa responsabilidade e um meio prático para demonstrar o fruto da alegria.
As promessas da Bíblia nada mais são do que o pacto Divino de ser fiel ao Seu povo; Seu caráter é que torna válidas tais promessas. Deus enche-nos de alegria quando confiamos nEle!
(Romanos 8.28) Nossa fé ou falta de fé não determina a operação Divina. Deus opera em todas as circunstâncias para nos proporcionar-nos o bem. A obra Divina não depende da nossa fé! E sim de nós dependermos, crermos, confiarmos nAquele que opera (Hebreus 12.2).