Série de Páscoa: A Glória da Graça: A Páscoa [2/2]
A Glória da Graça: A Páscoa
Êxodo 12.1-13
[Final]
2. Mostrou a Glória do Pai
O próprio Deus é quem executa o Juízo sobre o pecado. Ele proveu o Cordeiro para si, o imolou/sacrificou na eternidade(I Pe 1.20), antes mesmo do pecado. Ele fez isso para a sua Glória. O Cordeiro provido a si glorifica seu caráter (amor, justiça, santidade, onipotência) para realçar e reaver seu trono usurpado pelos homens e pelos ídolos do coração do homem e que atentam contra Deus. Ele se levantou em favor do seu povo como um poderoso general de guerra, para magnificar/engrandecer a si, para louvor da sua glória. Ele nos dá o privilégio de desfrutar da sua graça.
Isso quer dizer, que tudo aquilo que tenta ofuscar a Glória de Deus receberá a sua porção justa. Tudo que tentar borrar a imagem da glória de Deus cairá, pois Ele faz todas as coisas para louvor da sua glória, no Cordeiro, o primeiro da criação na qual todas as coisas foram feitas. Aquele que é perfeito, se fez servo para Glorificar o Deus Eterno (Fp 2.11).
Não foi nossa tristeza, nossa luta, nem nada em nós que imolou o Cordeiro. Foi o poder de Deus para glorificar a si memo. A graça de sua Glória foi dar a um inocente a nossa dívida, tirando nossa culpa e nos justificando para louvor da sua Glória.
3. Ele mostrou a falência dos deuses humanos
O Cordeiro era um animal sagrado para os egípcios. Sacrificá-lo era afrontar a eles. Mais do que isso, o sangue do animal seria exposto nos umbrais das portas. Não embaixo para não ser pisado pelos homens e ser tido como algo insignificante e impuro. Mas como símbolo de fé. Além disso, a morte dos primogênitos dentre os animais, mostraria aos homens que seus deuses não eram tão fortes quanto pareciam. Eles foram feridos pelo Deus verdadeiro e não resistiram sua Glória. Ao erguer ídolos/deuses prepare-se para a destruição deles pelas mãos do Deus Todo Poderoso.
4. A Páscoa (v.13)
Pesach-Passagem. Essa Palavra dá o sentido de proteção e preservação. Deus diz ao povo que “saltaria” passaria por cima das casas marcadas com o sangue do Cordeiro. Como as aves voam, assim o Senhor dos Exércitos amparará a Jerusalém; ele a amparará, a livrará e, passando, a salvará. (Is 31.5)
Ou seja, a Páscoa seria a passagem de Deus sobre a vida do seu povo. A Páscoa se concretiza com essa passagem. Isso não quer dizer que Ele simplesmente passaria, mas montaria guarda na porta do seu povo “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”
(Sl 34.7). A passagem de Deus pelas casas traria a segurança e a garantia da fé do povo. Não era a sua descendência abraâmica, nem seus ritos que lhes assegurariam a salvação, mas sim o fato de eles terem guardado a fé.
(Sl 34.7). A passagem de Deus pelas casas traria a segurança e a garantia da fé do povo. Não era a sua descendência abraâmica, nem seus ritos que lhes assegurariam a salvação, mas sim o fato de eles terem guardado a fé.
A base da verdadeira paz com Deus não se encontra nos nossos sentimentos (aquela frase do fulano me fez sentir bem, pensei sobre isso e me senti bem...) ou as experiências (Olhe para dentro de si e você encontrará a verdade, tenha uma experiência com o Espírito Santo e acabam esquecendo-se de Cristo, pois estão absortos/mergulhados em buscar as bençãos que o Espírito Santo traz e esquecem que o Cordeiro tem que ser comido todo). O padrão que determina a verdade da Igreja e das nossas vidas é a Bíblia e não a experiência ou os sentimentos
Cristo é nosso abrigo. Ele é a Rocha firme onde fazemos nossa morada. Ênfase exagerada na experiência e não na Palavra leva ao grave perigo de desconstruir a fé e lançar Deus bem longe. Olharemos para o céu não com esperança, mas com enfado por “não termos nossas orações respondidas” após um período prolongado de jejum, por exemplo. Jejuamos em sinal de humilhação e dependência de Deus.
O que a Páscoa nos ensina é que a experiência pessoal, os sentimentos, ou “algo” dentro de nós não é a base da nossa segurança em Deus. A salvação não está em nossos méritos. Está nos méritos de Cristo, em sua expiação. Quando não atentamos a isso, Satanás usa nossa falta de sabedoria e nos faz transferir o nosso olhar para dentro de nós e para longe da Escritura e de Deus. Quando seu olhar estiver voltado demais para si e o quão certo ou sofredor você é, cuidado. Ore, busque a Deus pois isso pode ser um fermento.
A passagem do Senhor Deus, sobre aqueles que ostentam o sangue do Cordeiro do umbral de suas portas, é para lhes trazer segurança, conforto, paz e salvação. Esse é o real motivo de Deus olhar para nós e ver o sangue de Cristo em nossas vidas, ser nosso Pai.
Conclusão
O sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário é a nossa Páscoa! O senhor passará sobre nós e não ceifará nossas vidas pois temos o sangue do Cordeiro que lava os nossos pecados. O escritor aos Hebreus nos diz que sem o derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9.22). Foi necessário o derramar de sangue para que os pecados fossem pagos pela Expiação vicária e penal de Cristo. Nossa fé no Deus Eterno se expressa por acreditarmos e crermos no sacrificio do Cordeiro.
A nossa páscoa é a passagem de Deus por nossas vidas e nossa resposta em obediência pela fé.
O sacrifício de Cristo satisfez quatro necessidades do pecado.
1 – Nos merecíamos a penalidade pelo pecado
2 – Nós merecemos suportar a ira de Deus contra o pecado
3 – Nós estamos separados de Deus por causa dos nossos pecados
4 – Nós eramos escravos do pecado
Aplicação
O sacrifício de Cristo foi penal e vicário. Sangue inocente se derramou como pagamento da pena de morte que havia sido sobre nós. Ou seja, ele nos representou e pagou nosso crime. Nada nos condena.
Temos que aprender a sempre vigiar e orar. Vigiar a nossa vida.
Os maiores embaraços a adorarmos a Deus e vivermos uma vida Cristã correta estão em nós. Nosso hábitos forma quem somos. É a nossa “fantasia” diária, ou seja, a figura que mostramos pros outros, é a forma que os outros nos veem. Temos dado testemunho de Deus no nosso falar? No nosso amar? EU tenho amado o meu irmão? Eu tenho sido queixoso(a), rixoso(a)? Tenho eu coragem de dizer que sou servo de Deus quando sou como eu sou? Minhas atitudes, meu modo de me relacionar glorificam a Deus? Vivemos no legalismo (Explicar legalismo) O profeta Isaías nos dá um retrato bem simples disso, quando nos diz que o boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono, mas Israel não conhece nem entende (Is 1.3).
Muitos caem no engano de dizerem que são autênticos. Mas não se conhecem a si próprios pois não se dominam. Enganam-se e escondem-se atrás de um quadro que pintaram de si e assim querem justificar ações injustificáveis. Ou caem no vitimismo ou no legalismo e nenhum dos dois será saudável para a vida cristã. A pergunta que devemos fazer hoje é: Quem sou eu? A resposta. Um depravado, salvo pela graça. Não queira ser o juiz de si. Assim o arrependimento será dificílimo e eu e você poderemos passar a eternidade no inferno tentando nos justificar, ou seja, seremos escravos. Em vez de querermos ser autênticos, sejamos Cristãos verdadeiros. Sejamos pecadores regenerados pela Graça de Deus e que agora lutam para viver a nova vida em Deus.
Ser “autêntico” demais é alimentar um ídolo de si. Nós fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo. Você leva luz onde vai? Você leva encorajamento, alegria, amor, mansidão? Você se domina? Você tem um amor genuíno por Cristo? Lembre-se que aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama. Não sejamos o tipo de pessoa que se “joga” pra cima das outras e pensemos “elas que se virem para me aceitar”. A vida com Cristo não é assim. Nós devemos pregar o Evangelho sem embaraços.
Não basta só mudar. Tem que se arrepender! A REGENERAÇÃO é uma grande benção que Deus nos deu e quando nossa jornada aqui acabar, teremos um corpo glorificado e estaremos à direita Dele como o Filho está.
É necessário urgência em consertar maus hábitos. Não se pode misturar o santo com o profano. Não podemos perder tempo com picuinhas e coisas insignificantes (Pensamentos errados, sentimentos errados) que tentam fermentar em nosso coração e nos impedir de nos alimentarmos do Cordeiro. Não transforme a Bíblia em um amuleto que você aproxima do peito na hora da angústia. Faça dela seu manual. Sua vida depende disso! É preciso ocupar a mente com tudo aquilo que é puro, agradável, onde há louvor (honra ao nome de Deus)
Nada nos separará do amor de Deus. Aquilo que tenta ofuscar a Glória de Deus receberá o seu juízo. Será tratado diretamente por Deus. Todas as afrontas que sofremos, os problemas, as dificuldades, as demandas “impossíveis” da rotina serão passadas para o Deus Todo Poderoso. Na manhã seguinte só a tua fé terá resistido! Permaneça em oração, em busca do Deus Todo Poderoso, pois ele não desampara o seu povo. Ele age com pericia e sabedoria para tirar o seu povo da escravidão do que quer que seja que tenta lhe aprisionar. Ele faz provisões para a peregrinação e jamais falhará em estar conosco, pois o Cordeiro recebeu toda a Ira do Pai.
Não esqueçamos, que o papel principal do Espírito Santo de Deus é glorificar a Cristo “… o Espírito da verdade… me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16.13-14). A evidência de alguém preenchido pelo Espírito Santo é GLORIFICAR A CRISTO e PREGAR SEU EVANGELHO!
A Glória de Deus terá supremacia sobre todas essas coisas. E nós poderemos desfrutar do consolo divinal.
Essa é a nossa Páscoa. A certeza de que Deus fará coisas grandiosas por nós.
Creia em Deus pai todo Poderoso e será salvo tua e a tua casa! At 16.31
AD MAIOREM DEI GLORIAM.
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Pr. Rafael Moreno, Casado, Pastor da Igreja Betel Brasileiro, Núcleo Gama -DF; Fluente em Inglês/Espanhol; Teólogo e Especialista em Filosofia e Teologia; Coordenador e professor da Extensão do Seminário Teológico Betel Brasileiro em Valparaíso/GO.
AD MAIOREM DEI GLORIAM.
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Pr. Rafael Moreno, Casado, Pastor da Igreja Betel Brasileiro, Núcleo Gama -DF; Fluente em Inglês/Espanhol; Teólogo e Especialista em Filosofia e Teologia; Coordenador e professor da Extensão do Seminário Teológico Betel Brasileiro em Valparaíso/GO.